De seus olhos se podia ouvir música. Cada sorriso dele gerava uma melodia nova. A cada contato de mãos uma batida era criada e ecoava (não se sabe onde).
Não sabia de muita coisa, mas tinha certeza de que cada nova canção repercutida inconscientemente por ele diminua a confusão do outro, e lhe fazia dançar.
Ele dançava. Na verdade Eu dançava. Dançava o seu ritmo. Dançava suas cores: o vermelho da boca, o verde-penetrante-acerbo dos olhos, o claro da pele, o rosado do órgão.
E isso era tudo. O tempo nos compondo. Ele era a orquestra. Eu era o bailarino. A cama era o nosso palco e o que vivíamos... Era a obra a ser escrita.
F;
2 comentários:
que lindo. que saudade do romance desse céu.
o grande espetáculos as vezes é o que há,outros momentos em pequenos gestos como os feitos na cama, da vida já faz se valer.
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