segunda-feira, 21 de maio de 2012
Sensação.
Seu pé, nú e suave, acariciava a face fria d'água enquanto ele olhava fixamente, arraigado, entranhado, aquela quantidade infinita de água, tão inveterado que quase chegava a ser parte daquele todo. Nada. Fingia sentir-se assim, mas, no final das contas, sabia que não pertencia à parte alguma. Nesse momento ele era nada. Nada mais que o vento que o beijava. Nada mais que o silêncio que o acompanhava. Nada mais que a sensação incômoda na cabeça e a tristeza resistente, que explodia em seu peito. Seu pé, nú e suave, seguia acariciando a face fria d'água e o mar agora: o mar quase lhe saía pelos olhos.
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Um comentário:
tanto pertencia aquele lugar infinito que guardava o mar dentro de si.
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