(Por um momento, enquanto você esquecia das pessoas, acreditando estar sozinho, você e a garrafa de cerveja escorregando dos dedos, eu me esqueci também. Esqueci de dançar, esqueci de manter os impulsos nervosos que controlam minhas pernas inquietas, e parei [no tempo]. Reparei como joga a sua pseudo-franja pra lá e pra cá, em movimentos ligeiros. Os seus olhos fechados firmemente, a música fluindo do teu corpo magro que já foi parte do meu corpo magro. As pessoas indo e a tua vida passando em instantes flashs diante de mim. Minha boca entreaberta, vagando no curto vago tempo desse curta metragem que eu assistia. Poderia repetir mais desses segundinhos eternos, e analisá-lo, até que...)
- CARALHO! PUTA QUE PARIU!
(meus olhos desviaram a atenção de você e se voltaram para as minhas mãos usadas de cinzeiro, onde os restos de um cigarro esbarrado ainda ardiam por dentro da pele. Só não pude deixar de lembrar você e desejar que o tempo voltasse...)
-Não, por favor! não para de dançar...
F;
3 comentários:
Ouch! Deve ter doído.
joga fora o cigarro e se deixa embalar na dança...
bonita é a cicatriz que fica. vai lembrar sempre dele/dela dançando quando olhar. :) p.s.: ahhh, e olha só! gentileza sua me chamar pelo nome.
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