Sentia pelos dedos. Tinha tanto sentimento. Sentia muito, sinto muito. O mundo ajoelhado nos seus ombros, um campo minado, dominado. Sentia o vento, sentia a dor, sentia o amor e se deixava escorrer. Escorria pelos cantos, pelas paredes, escorria dentro e dentro corria: pra longe, pra perto, pra nem se sabe onde. Mergulhava no vazio e do nada se enchia. Cheio, estava bem cheio disso. Se enchia e explodia, em partes escorridas pelas paredes, pelos cantos, escorridas dentro e dentro da corrida se perdia no caminho. Seu caminho. Seu próprio caminho desconhecido, e conhecia muito bem. Perdido em solo seguro, tremendo em cima d'água com os pés frios. E escorria água. Escorria pelos cantos. Escorria pelas paredes. Escorria pelo seu rosto até sentir. Sentia pelos dedos. Sentia muito.
Perdão, mas sentia muito.
Sinto muito.
F;
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
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2 comentários:
achei seu blog no da layse e adorei seus textos. gostei principalmente desse porque me identifiquei de uma forma muito louca.
parabéns pelo blog
até breve.
obrigado Juliane.
Um beijo de brisa, um abraço de urso e um céu de saudade.
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